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http://dx.doi.org/10.-00009
utilizadas pelas pu&rperas nos problemas mam&rios
Practices used
by women at post-birth on nipple problems
utilizadas por las puerperas en los problemas mamarios
Nelci Terezinha
ZorziI; Ana L&cia de Lorenzi BonilhaII
IEnfermeira.
Mestre em Assist&ncia de Enfermagem. Docente no Curso de Enfermagem da
Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo, RS. Docente do Curso T&cnico
de Enfermagem do Centro de Ensino M&dio da UPF. IIEnfermeira. Doutora. Professora Adjunto da Escola de Enfermagem
da UFRGS, Porto Alegre, RS. Orientadora da disserta&&o.
Estudo qualitativo,
do tipo Convergenteassistencial, objetivando conhecer as pr&ticas adotadas
pelas pu&rperas para a resolu&&o dos problemas mam&rios,
no domic&lio, e intervir para a sua resolu&&o. Foram participantes
quatorze pu&rperas, que estavam amamentando e recebendo atendimento em
um Centro de Aten&&o Integral a Sa&de. Utilizou-se entrevista
semi-estruturada, observa&&o participante e anota&&es
em di&rio de campo, analisadas conforme proposta de Trentini e Paim.
Os temas foram: Pr&ticas utilizadas pelas pu&rperas nos problemas
mam& Repercuss&es dos mesmos no desmame e a promo&&o
do aleitamento materno. A diversifica&&o de produtos utilizados
pelas pu&rperas, e a necessidade dos profissionais de sa&de conhecerem
as pr&ticas utilizadas nas comunidades e se atualizarem em rela&&o
ao aleitamento materno, para a sua promo&&o, foram os achados
encontrados.
Descritores:
A Doen&as mam& Sa&
Enfermagem obst&trica.
This is a qualitative
study, of Convergentassistential type, with the objective of knowing the women's
practices at post-birth for the resolution of nipple problems, at home, and
intervene to its resolution. Fourteen women at post-birth who were in the breastfeeding
period and attended at a Center of Integral Attention to Health were participants.
It was used a semi-structured interview, participant observation and notes in
field diary, analised according to Trentini and Paim's proposal. The themes
were the following: Practices used by the women
repercussion and breastfeed ending and promotion of feeding. The diversification
of products used by women at post-birth, the necessity of heallth professionals
to know the practices used in the communities and be used in relation to breastfeeding,
to its promotion, were the findings.
Descriptors:
Breast feeding. B Women' Obstetrical nursing.
Estudio calitativo
del tipo ConvergenteAsistencial, objetivando conocer las pr&cticas adoptadas
por las pu&rperas para la resoluci&n de los problemas mamarios,
en el domicilio, e intervenir para su resoluci&n. Fueron participantes
catorze pu&rperas, que estaban amamantando y recibiendo atendimiento
en un Centro de Atenci&n Integral a la Salud. Se utiliz& encuesta
semiestructurada, observaci&n participante y apuntes en diario de campo,
analizadas seg&n propuesta de Trentini y Paim. Los temas fueron: Pr&cticas
utilizadas por las pu&rperas en lo Repercusiones
de los mismos en la desmama y la promoci&n del amamantamiento materno.
La diversificaci&n de productos utilizados por las pu&rperas,
la necesidad de los profesionales de salud conocieren las pr&cticas utilizadas
en las comunidades y se actualizaren en relaci&n al amamantamiento materno,
para su promoci&n, fueron los hallados encontrados.
Descriptores:
Lactancia materna Enf S Enfermer&a
obstetrica.
1. INTRODU&C&AO
Uma das pesquisadoras
percebeu que durante sua forma&&o acad&mica, embora a teoria
enfocasse o cuidado com o ser humano, como um todo, a pr&tica voltava-se
para a assist&ncia aos problemas do paciente. Na caminhada como enfermeira,
desenvolveu-se e supervisionou-se um servi&o de enfermagem domiciliar
e home care1 e atua-se, desde 1998, em servi&o de pr&natal
de unidade b&sica.
Atuando junto
&s mulheres, percebia-se muitas vezes, um atendimento centrado nos aspectos
psicobiol&gicos, e n&o humanizado, que profissionais dispensavam
&s gestantes, parturientes e pu&rperas, n&o respeitando
as suas experi&ncias vividas, cren&as, valores, enfim o contexto
onde elas estavam inseridas. As inquieta&&es foram aumentando
& medida que se acompanhavam as mesmas em seu ambiente dom&stico.
P&de-se observar que algumas dessas mulheres deixavam de amamentar porque,
geralmente, nos primeiros dias do puerp&rio surgiam as principais intercorr&ncias
da lacta&&o e amamenta&&o. Surgia a inseguran&a
materna e, muitas vezes, familiar, resultando na introdu&&o de
outros alimentos para a nutri&&o do lactente. N&o bastando
isso, havia a aus&ncia de acompanhamento de profissionais de sa&de
durante o puerp&rio.
A experi&ncia
com enfermagem domiciliar, durante essas visitas, fez com que se refletisse
sobre a import&ncia do atendimento domiciliar e o quanto esse atendimento
era deficit&rio no Sistema P&blico de Sa&de. Por outro
lado observou-se que as mulheres mais experientes transmitiam a sua experi&ncia
e davam suporte &s novas m&es, al&m de ajud&-las
nos afazeres dom&sticos.
Durante o acompanhamento
de acad&micos de Enfermagem nas institui&&es hospitalares
e na rede p&blica percebia-se, entretanto, que as m&es j&
saiam da maternidade com problemas mam&rios, principalmente fissuras
e ingurgitamento, apesar de muitos profissionais incentivarem e apoiarem o aleitamento
materno, por meio de orienta&&es em grupo e individuais, disponibilizando
material did&tico para a pu&rpera e incentivo ao Programa Hospital
Amigo da Crian&a.
Especialmente durante
os atendimentos em enfermagem domiciliar, podiase constatar que, freq&entemente,
junto com essas mudan&as e adapta&&es no per&odo
puerperal, surgiam os problemas mam&rios: as fissuras mamilares, ingurgitamento,
dor mamilar, a cren&a do leite fraco, mastite, entre outros e frente
a esses problemas percebia-se que a pu&rpera n&o sabia como reagir,
ou que adotava pr&ticas de cuidado que nem sempre s&o conhecidas
pelos profissionais da sa&de.
Passou-se, ent&o
a indagar: que pr&ticas s&o utilizadas pelas pu&rperas,
quando da ocorr&ncia de problemas mam&rios, no domic&lio?
Desta quest&o
derivou o objetivo do estudo: conhecer as pr&ticas do cuidado das pu&rperas
relacionadas aos problemas mam&rios e intervir na resolu&&o
do problema em n&vel domiciliar.
2. METODOLOGIA
Trata-se de um
estudo com abordagem qualitativa, do tipo convergente assistencial. No estudo
foram considerados como problemas mam&rios: fissura mamilar, dor mamilar
e ingurgitamento mam&rio.
A pesquisa foi
desenvolvida na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil, por ser o
local de resid&ncia e desenvolvimento das atividades profissionais de
uma das autoras. O estudo foi realizado em um Centro de Aten&&o
Integral & Sa&de (CAIS) de um dos bairros mais populosos da cidade.
A amostra do estudo foi composta de quatorze pu&rperas da comunidade,
que freq&entaram o servi&o referido e foram indicadas pelos profissionais
de sa&de que atuam no local, ao identificarem os problemas mam&rios.
Al&m destes, buscaram-se prontu&rios das gestantes inscritas no
programa do pr&-natal. Ap&s esse levantamento acompanhava-se o
agendamento de suas consultas, explicava-se o tipo de trabalho que se pretendia
realizar ap&s o nascimento do seu beb&. As pu&rperas que
apresentavam algum tipo de problema j& mencionado, eram selecionad as que amamentavam sem nenhum tipo de problema mam&rio,
eram exclu&das do estudo ap&s a primeira visita domiciliar. Entre
todas as pu&rperas acompanhadas, tr&s n&o foram inclu&das
na amostra. As pu&rperas participantes do estudo foram informadas sobre
o objetivo da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido,
conforme determina a Resolu&&o 196/96/ CONEP. A pesquisa processou-se
ap&s aprova&&o pelo Comit& de &Etica e pesquisa
da Universidade de Passo Fundo, RS. O per&odo de coleta dos dados foi
do m&s de outubro de 2004 a mar&o de 2005.
Os dados foram
coletados por meio de entrevista semi-estruturada, observa&&o
participante e anota&&es em di&rio de campo. As entrevistas
foram gravadas em fita cassete e posteriormente transcritas. As observa&&es
e interven&&es foram registradas em di&rio de campo. Ao
t&rmino da entrevista, sempre que poss&vel realizava-se a observa&&o
da participante, observando a mamada do beb&. Quando a observa&&o
da mamada n&o era poss&vel no mesmo encontro, a pesquisadora retornava
em outro momento para realiz&-la.
As condutas seguidas
quando da presen&a de problemas mam&rios, foram as determinadas
pelo Minist&rio da Sa&de. Foram utilizados, como pseud&nimos,
nomes pr&prios comuns, populares e freq&entes na comunidade, encontrando,
assim, uma forma de homenagear essas mulheres, dentro de seus universos, dotadas
de sabedoria, movidas por for&a interior.
3. RESULTADOS
E DISCUSS&AO
dos dados na pesquisa convergente-assistencial foi realizada simultaneamente
ao processo de assist&ncia, conforme recomendam Trentini e Paim(1).A
an&lise incluiu quatro processos, denominados de: apreens&o, s&ntese,
teoriza&&o e contextualiza&&o, os quais foram encontrados
os temas e seus subtemas que ser&o descritos a seguir.
3.1 Pr&ticas
utilizadas pelas pu&rperas nos problemas mam&rios
V&rios s&o
os motivos que levaram as m&es acompanhadas nesta pesquisa a amamentarem,
quase todos relacionados a experi&ncias anteriores vivenciadas dentro
do contexto familiar. As pr&ticas adotadas para o tratamento de intercorr&ncias
na lacta&&o tamb&m est&o baseadas em experi&ncias
familiares. Quando os problemas mam&rios estavam instalados, a ajuda
vinha dos familiares e de pessoas mais pr&ximas, como vizinhos, parentes,
benzedeiras e rezadeiras da comunidade, comadres, etc., como & confirmado
nas falas de algumas pu&rperas, dentre elas:
A casca de
mam&o e banana e Lansinon
foi o m&dico, essa outra (pomada) foi minha comadre. O ch&
da &India foi uma comadre e a graxa, foi a m&e (Paula).
As pr&ticas
de sa&de prestadas por familiares, estavam relacionadas com cren&as
e h&bitos, que perpassam de gera&&o a gera&&o.
3.1.1 Pr&ticas
utilizadas nas fissuras mamilares
As pr&ticas
relacionadas &s fissuras foram variadas. No decorrer dos encontros com
as pu&rperas foi observado que as mesmas recorreram & reza ou
& simpatia.
Luiza utilizou
a simpatia do f&gado de galinha quente, orientada por sua m&e.
No conjunto de
doen&as, o tratamento considerado mais eficaz e imprescind&vel
& a reza ou a simpatia, porque se sente que a doen&a tenha origem
espiritual(2).
Bete, uma pu&rpera
que enfrentou a gravidez com muitos problemas, m&e de tr&s filhos,
separada, disse ter utilizado a reza e simpatia todas as vezes que amamentou.
A pessoa que fazia a reza e simpatia era uma senhora da comunidade conhecida
por benzedeira. Utilizou a reza associando com o ch& de arruda. Tinha
muita confian&a e cren&a em simpatias, e acreditou que iria melhorar
das fissuras com essa pr&tica.
eu fui, eu t& benzendo. Benzei dos dois e dessa aqui tamb&m
L&cia, al&m
de usar ch&, tamb&m fez uso da reza e simpatia.
que eu tomei o ch&. S& que a rachadura ainda continuou. Da&
a minha sogra falou, e a v& do meu marido, que o bom era eu pegar uma
galinha e passar o f&gado dela no peito (L&cia).
Uma pr&tica
popular muito encontrada foi o uso dos ch&s de ervas medicinais.
Na utiliza&&o
dos ch&s caseiros, surgiram v&rios tipos de ervas para o tratamento
de fissuras mamilares, entre eles: ch& de Confrei, o ch& preto
ou ch& da &ndia, malva, camomila, arruda, como se pode constatar
nas falas seguintes:
Usei a pomada
Oxyderme, o Lansinon,
a casca de banana, a casca de mam&o, ch& da &India, e
a graxa provada. Tudo
o que me ensinaram, eu tava usando (Paula).
Do mesmo modo,
afirmou Maria,
(...) eu passo
nata de leite, sebo de ovelha. Agora, por &ltimo, ch& calmante,
ch& de confrei, ent&o fico toda ensopada de algod&o de
confrei, n&? Pra acalm&, porque alivia a dor... (Maria).
A arruda foi utilizada
por rezadeiras e benzedeiras, nos tratamentos dos problemas com respingos, infus&o
de ervas ou com um ramalhete, como foi o caso de Lucia, que a benzedeira a utilizou
para tratamento das fissuras de suas mamas, na viv&ncia dos dois processos
de amamenta&&o.
P&de-se perceber,
durante a pesquisa, que o uso de tal pr&tica fortalece v&rios
estudos encontrados na literatura sobre cren&as e culturas que envolvem
o indiv&duo(3,4). O uso de ch&s medicinais tem se tornado
freq&ente em quase todas as classes sociais. Na busca de pr&ticas
alternativas, produtos de origem natural, ou baseadas na pr&tica utilizada
por seus familiares, as pu&rperas acreditaram na cura de seu problema
mamilar e no alivio da dor que estava dificultando a amamenta&&o
naquele momento. Percebeu-se que v&rios dos ch&s usados pelas
pu&rperas tem a&&o como calmantes e anti-inflamat&rios,
podendo existir um alivio da dor na fissura mamilar devido a esta a&&o.
Por outro lado, h& uma preocupa&&o com o uso de ervas medicinais
no tratamento de fissuras, pelo fato de n&o se saber a origem de tais
produtos e a forma como esses ch&s s&o preparados. &E poss&vel
que tornam-se a porta de entrada de bact&rias no local da fissura, podendo
levar a complica&&es como mastite.
Na expectativa
de alivio da dor mamilar e da cicatriza&&o das fissuras mamilares
as pr&ticas adotadas pelas mulheres, no estudo, para o tratamento se
tornavam variadas e instigadoras, como & o caso de Maria, que como sua
m&e, utilizou sebo de ovelha para tratamento da fissura,
(...) a minha
m&e amamentou, teve, n&? Ela usou o sebo de ovelha, foi o que
curou ela. Ela se curou com sebo de ovelha, s& que eu acho muito gorduroso,
parece que machuca quando vai tira. Da& eu usei umas tr&s vezes,
eu sei que funcionava antigamente, n&? (...) (Maria).
A pu&rpera
tinha a cren&a de que j& funcionava antigamente e funcionaria
nesse momento tamb&m. P&de-se acompanhar, na primeira visita de
Maria, durante a observa&&o participante, que a mesma havia aplicado
o sebo de ovelha nos mamilos e n&o o retirou antes da mamada. N&o
h& estudos sobre o sebo para tratamento de fissuras ou efeitos de seu
uso para o beb&.
O que chama a
aten&&o & que o emoliente Lansinon, utilizado pela pu&rpera
Paula, & derivado da l& do carneiro ap&s a tosa, tendo
alguma aproxima&&o de origem bioqu&mica com o sebo de ovelha(5).
Outras pr&ticas
citadas pelas pu&rperas, j& s&o do conhecimento de estudiosos
em aleitamento materno, & a utiliza&&o da casca de banana
e casca de mam&o. No relato de Ana, a mesma demonstrou que a casca de
mam&o tirava a febre.
usando o leite, n&? E t& usando casca de mam&o, n&?
Pra tir& a febre. Tira toda a febre, foi o que melhorou (Ana).
No caso das pu&rperas
acompanhadas, n&o era observado o tipo de mam&o e nem sua proced&ncia.
A fruta que era poss&vel ser adquirida pela fam&lia era a utilizada
para tratar a fissura mamilar, n&o havendo nem um tipo de cuidado no
seu manuseio. Outro fator importante foi que os profissionais que orientaram
o uso do mam&o, n&o indicaram a forma de usar e tamb&m
desconheciam os efeitos da sua aplica&&o.
Quanto ao uso da
casca de banana, a pu&rpera Cl&udia, foi orientada pela m&e,
que trabalhava de dom&stica, na resid&ncia de um m&dico,
a utiliz&-la:
Casca de banana,
me ensinaram. A m&e trabalha com um m&dico e ele disse que podia
us& ainda, da& eu sei. Ela deixa fresquinha, da& alivia
aquela dor, aquele calor, sabe? (Cl&udia).
Entre as v&rias
pr&ticas utilizadas, encontra-se tamb&m o uso do sol e da luz
sobre a fissura. Dentre as recomenda&&es adotadas pelo Minist&rio
da Sa&de est& a conduta do tratamento seco(6). Essa
forma acontece no uso de luz solar ou luz artificial, utilizando l&mpadas
de 60 watts sobre a fissura mamilar. E em alguns casos encontrou-se essa
conduta sendo praticada pelas pu&rperas no tratamento de fissuras, como
foi o caso de Maria.
Apesar de recomendada
pelo Minist&rio da Sa&de, e ter se tornado popular nas &ltimas
d&cadas, essa pr&tica & questionada porque ressalta que
a cicatriza&&o de feridas & mais eficiente se as camadas
se mantiverem &midas. O tratamento &mido das fissuras atualmente
& recomendado e tem por objetivo formar uma camada protetora que evite
a desidrata&&o das camadas mais profundas da epiderme(7).
O que & confirmado por Maria.
Logo que tu
coloca o abajur, ele te d& uma calmada, n&? Te d& uma
aliviada e ali vai cicatrizando e ela forma uma casquinha e fica bem dolorido,
n&? E quando ele vai mam&, ela cai. Cai a casquinha, a&
parece que a dor & pior (Maria).
Avalia que este
tipo de tratamento tem sido utilizado ou recomendado, mas que sua efic&cia
n&o tem sido avaliada adequadamente e n&o h& estudos que
o respaldem.
Com rela&&o
&s medidas de prote&&o de fissuras, h& a recomenda&&o
dos protetores de seio, como o coador de pl&stico, pequeno, sem o cabo,
entre as mamadas, eliminando a fric&&o da &rea traumatizada
pela roupa, mas recomenda-se aten&&o com o uso dos mesmos, pois
esse recurso pode favorecer a drenagem, as macera&&es, devendo
ser cuidadosamente avaliada essa recomenda&&o pesando-se os riscos
e benef&cios(8).
Um aprendizado
importante identificado na observa&&o das mamadas durante a pesquisa
foi que, o posicionamento materno e a t&cnica da mamada influenciariam
significativamente para o aparecimento dos traumas mamilares.
Parte das pu&rperas
deste estudo apresentaram fissuras j& no hospital. Apesar de serem orientadas
pelos profissionais de sa&de dessa institui&&o, referiam,
(...) eu tenho
o meu jeitinho de peg& o seio pra d& de mam&. L&
no hospital, l& a gente faz, n&? Porque elas pedem e a gente
fica sem gra&a, eu n&o consigo peg& daquele jeito
(me mostra a pega tipo C), a gente faz assim porque elas pedem (L&cia).
Observou-se que
a posi&&o da m&e e do beb& parece ser fundamental
para a preven&&o das fissuras e dor mamilar. Ficou claro na fala
de Ana que havia realizado cesareana h& o relato que no p&s-operat&rio
ficava muito desconfort&vel a posi&&o durante amamenta&&o,
em sala de recupera&&o, possivelmente favorecendo o desencadeamento
de les&es mamilares.
depois n&o explicam mais. Da& elas (enfermeiras) me ajudaram.
S& que eu n&o podia me vir&, porque eu tava amortecida,
tanto que ele pegava de qualquer jeito, n&? (Ana).
Observou-se que
o per&odo de recupera&&o p&s-cesareana pode ser
um desencadeador de trauma mamilar devido & posi&&o da
pu&rpera no momento da amamenta&&o.
3.1.2 Pr&ticas
utilizadas no ingurgitamento mam&rio
No conhecimento
das pr&ticas que as pu&rperas utilizaram durante as visitas domiciliares,
outra situa&&o especial da amamenta&&o encontrada
foi o ingurgitamento mam&rio, que ocorre geralmente na primeira semana
ap&s o nascimento.
refere que as mamas est&o cheias demais e doloridas devido ao ingurgitamento:
cheio demais, d&i (...) (Ver&nica).
V&rios fatores
parecem estar associados ao ingurgitamento mam&rio, entre eles as mamadas
em horas pr&-determinadas, controle de tempo de suc&&o,
suti& apertado, in&cio tardio da amamenta&&o, pega
ineficaz, uso de bicos, uso de mamadeira e chucas, n&o esvaziamento da
sobra de leite, nos primeiros dias, fissuras do mamilo, rec&m-nascido
prematuro, queda da mama sobre sua parte inferior(9).
No caso de Jaqueline,
ao realizar a primeira visita, constatou-se que apresentava ingurgitamento glandular
de dif&cil drenagem, foram realizadas massagens manuais e ordenha, pois
ela referia muita dor e "incha&o" nas mamas.
dif&cil... ahh, s& esse incha&o assim... (Jaqueline).
Na segunda visita
realizada a Jaqueline, o ingurgitamento persistia. Esta informou que havia conseguido
realizar ordenha ap&s a visita do dia anterior, uma quantidade significativa
de leite, e seu esposo a ajudou na realiza&&o da massagem manual.
Este estava bastante presente nos cuidados com a m&e e o filho. Durante
a observa&&o das mamadas, percebeu-se que havia locais em ambas
as foi ent&o realizada ordenha manual havendo novamente
drenagem de grande quantidade de leite, mas mesmo assim, persistiam em alguns
locais pontos endurecidos e doloridos. Com preocupa&&o de progredir
para uma mastite, optou-se por encaminhara pu&rpera at& o hospital
onde havia ordenhadeira el&trica.
Dessa forma foi
associada massagem manual com ordenha el&trica. Mas apenas refor&ou
a observa&&o realizada de que, se n&o houver massagem e
ordenha manual pr&via, n&o haver& extra&&o
Alguns grupos
brasileiros que atuam no manejo cl&nico da lacta&&o, recomendam
fundamentalmente a ordenha manual das mamas, uma vez que as bombas el&tricas
podem causar fissuras(10).
Uma pr&tica
que foi muito usada d&cadas atr&s para ingurgitamento mam&rio
e que esteve presente nas pr&ticas realizadas pelas pu&rperas
foi a de passar um pente de cabelo nas mamas. Essa pr&tica foi orientada
pela av& de uma pu&rpera, que a seguiu com muita confian&a
e determina&&o.
3.1.3 Pr&ticas
utilizadas para a dor mamilar
A dor mamilar relatada
pelas pu&rperas acompanhadas deste estudo foi um fator de muita angustia
e desconforto no ato de amamentar descrito pelas mesmas, dificultando o momento
de troca de afeto e carinho entre m&e e filho.
Durante as observa&&es
das mamadas, em v&rios momentos identificou-se que a t&cnica da
mamada estava incorreta, o beb& abocanhava apenas parte do mamilo, achatando-o
ou deixando-o com formato n&o anat&mico, ap&s a mamada.
Este fator predisp&e a situa&&es de mamilos doloridos e
fissuras mamilares.Assim, Maria, Ver&nica, Jaqueline, Bete, Paula, Cl&udia,
Isabel, Aline, T&nia, Luiza, L&cia, Gra&a, realizaram a
t&cnica da mamada de modo incorreto.
As causas mais
comuns de mamilos doloridos s&o simples e podem ser evitadas. Conforme
consta no programa do Minist&rio da Sa&de as freq&entes s&o:
o beb& n&o estabeleceu um padr&o adequado de suc&&o;
a m&e precisava de ajuda e ningu&m lhe mostrou como estabel as mamas ficaram ingurgitadas em raz&o de o beb&
n&o mamar com freq&& o beb& teve monil&ase
oral e contaminou os mamilos da m&e; o freio lingual do beb& era
curto e impedia de esticar a l&ngua sobre o l&bio inferior(10).
L&cia ficava
ansiosa, com medo, ao ouvir que sua filha estava acordando e iria precisar alimentar
a crian&a em seu seio,
via que ela acordava, chegava me d& medo, sabe? ... ta loco! Parece
que o meu seio n&o tava ag&entando, sim porque eu j& tava
sentindo a dor antes de amamentar ela (L&cia).
Realizando as observa&&es,
p&de-se afirmar que nas pu&rperas que se encontravam com mamilos
doloridos, essa situa&&o estava relacionada com mamas ingurgitadas
e a posi&&o m&e-beb& incorreta no momento da mamada.
3.2 Repercuss&es
dos problemas mam&rios no desmame e na promo&&o
do aleitamento materno
Durante esta pesquisa,
observou-se que a pr&tica do aleitamento materno requer muita compreens&o
do profissional de sa&de, para que esse possa contemplar a mulher em
sua especificidade, em seu potencial e sua capacidade de cuidar-se.
Acredita-se que
foi poss&vel identificar nesta pesquisa que & de fundamental import&ncia
que aconte&a uma mudan&a no atendimento prestado pelos profissionais
de sa&de durante o pr&-natal. Ao realizar-se a an&lise
das informa&&es refletiu-se que o pr&-natal est&
diretamente ligado ao sucesso ou n&o da amamenta&&o. Faz-se
essa an&lise a partir do que foi observado no acompanhamento das pu&rperas
e do risco existente pelo fato das mesmas n&o saberem como prevenir os
problemas mam&rios e conseq&entemente estes determinam o desmame,
como & o caso do relato de Maria,
Eu casei muito
cedo e tive meu primeiro filho muito nova, com 19 anos. Inexperiente, ningu&m
nunca me ensinou nada, e eu queria amamentar e n&o sabia como. Me diziam:
fa&a massagem no biquinho. (...) n&o, n&o sabia
de nem um curso. O m&dico tamb&m n&o orientou (Maria).
Maria relatou tamb&m
o medo e a inseguran&a
quando teve sua filha anterior,
sentia-se despreparada,
E acontece
que quando eu dei alta, eu fiquei desesperada, n&o sabia o que faz&,
vim pra casa e agora d& leite no copinho. Eu n&o sabia (Maria).
Conforme o Minist&rio
da Sa&de, "cabe & equipe de sa&de, ao entrar em contato
com uma mulher gestante, na unidade de sa&de ou na comunidade, buscar
compreender os m&ltiplos significados da gesta&&o para
aquela mulher e sua fam&lia"(11).
Embora as pu&rperas
acompanhadas nesta pesquisa tenham realizado o pr&-natal, poucas relataram
ter recebido informa&&es sobre amamenta&&o durante
as consultas, e as que receberam algum tipo de informa&&o esta
n&o se mostrou efetiva para o aprendizado das mulheres.
Outras mulheres,
na tentativa de obter informa&&es sobre amamenta&&o
por j& terem vivido um processo anterior com problemas mam&rios,
relataram que questionavam os profissionais, mas obtiveram como resposta:
perguntei pra ela, porque tinha me dado figo do primeiro filho. Da&,
a &nica coisa que ela me falou foi, quem ia me explic&, era
l& no hospital, quem ia me cuid& quando eu ganhasse o nenen
Dentre as participantes,
uma manteve contato com acad&micos de enfermagem quando recebeu orienta&&es
sobre como amamentar e, outra relata ter apenas visto informa&&es
atrav&s de um cartaz como est&
participei porque, onde eu ia consult&, eu s& via nas paredes,
mas ningu&m me auxiliava, ningu&m me falava, s& cartazes
Entre as formas
de realiza&&o do trabalho educativo preconizadas, destacam-se
as discuss&es em grupos, as dramatiza&&es e outras din&micas
que facilitem a fala e a troca de experi&ncias entre os componentes do
grupo. Acrescenta que deve ser evitada a forma de palestra, pois, & pouco
produtiva e ofusca quest&es subjacentes(15). Jaqueline, uma
das poucas que receberam informa&&es no pr&-natal sobre
amamenta&&o em forma de palestra disse:
chego a ensin& a massagem, s& que eu me esqueci como &
que faz (Jaqueline).
O atendimento &
mulher deve ser prestado no pr&-natal, parto e puerp&rio. O per&odo
puerperal se torna de muita dificuldade para a mulher por n&o saber manejar
o processo de amamenta&&o, facilmente conduzido se tiver a presen&a
de um profissional da sa&de pr&ximo a ela. No relato seguinte
ficam evidentes as dificuldades e ang&stias enfrentadas no seu domic&lio.
E acontece
que quando eu dei alta, eu fiquei desesperada, n&o sabia o que faz&,
vim pra casa e agora d& leite de copinho eu n&o sabia.E assim
eu fui, o pouco de leite ela tomou, mas aos trancos e barrancos. E a&
acabou, n& (Maria).
Muitas pu&rperas
durante as visitas pareceram apreensivas e deprimidas, em graus variados, ap&s
a alta hospitalar.
4. CONSIDERA&C&OES
E RECOMENDA&C&OES
Com o conhecimento
das pr&ticas utilizadas pelas pu&rperas no domic&lio, obteve-se
a oportunidade de acreditar cada vez mais no valor da amamenta&&o,
a cada visita realizada. Foi poss&vel fortalecer a cren&a e entendimento
que para se promover o aleitamento materno s&o necess&rios investimentos
de gestores p&blicos principalmente na capacita&&o e envolvimento
dos profissionais. E neste processo sensibilizar os profissionais para compromete-los.
No percurso deste
estudo percebeu-se que, os profissionais det&m pouco conhecimento em rela&&o
&s pr&ticas de sa&de utilizadas no ambiente dom&stico,
sendo esse um universo quase desconhecido. Surgia a cada visita, um aprendizado
que n&o & encontrado nos livros. Aprendizado, esse, que &
demonstrado e realizado pelas pu&rperas, aprendizado arraigado dentro
de suas fam&lias, dentro de seu contexto. Esse aprendizado est&
vinculado &s suas cren&as, valores, cultura, mitos. Esta pesquisa
possibilitou conhecer e ao mesmo tempo intervir, para que pudesse ajudar as
pu&rperas a resolverem os problemas por elas enfrentados no processo
de amamenta&&o. Talvez se outro tipo de pesquisa tivesse sido
adotado, n&o seria poss&vel realizar interven&&es,
e ao mesmo tempo ver o resultado das orienta&&es e interven&&es.
Durante a pesquisa
manteve-se um relacionamento de confian&a entre o profissional e paciente
facilitando a condu&&o e resolu&&o dos problemas
mam&rios. Assim foi poss&vel &s mudan&as do comportamento
materno, relacionadas & amamenta&&o. As mudan&as
aconteciam na medida em que, se realizavam as orienta&&es.
Acredita-se que
a enfermeira & o profissional que faz o elo entre as mulheres gestantes
e pu&rperas com os demais profissionais. Dessa forma, pensa-se que a
mesma possa realizar o cuidado de forma humanizada e individualizada. Isso pode
acontecer desde o acolhimento da gestante no servi&o de sa&de,
at& o acompanhamento da pu&rpera no seu domic&lio, com
a realiza&&o de a&&es educativas voltadas para o
contexto em que a mulher est& inserida. Implementando uma nova forma
de atendimento voltada &s necessidades individuais e particulares de
cada mulher, no processo da amamenta&&o.
Cabe aos profissionais
que est&o no ensino e na forma&&o de novos profissionais
de sa&de comprometerem-se a entender essa dimens&o do cuidado
desenvolvido no domic&lio das mulheres. Faz-se necess&rio proporcionar
novas alternativas de atividades pr&ticas ao aluno de Enfermagem na &rea
da Sa&de da mulher, saindo do atendimento dentro de institui&&es
hospitalares e ambulatoriais para chegar ao conhecimento do ambiente dom&stico
que & vasto e riqu&ssimo. Percebeu-se que a pu&rpera adota
a pr&tica do cuidado de dentro de sua fam&lia, deixando de seguir
as orienta&&es recebidas dos profissionais, nas maternidades onde
tiveram seus filhos.
Promover a amamenta&&o,
colocar o tema na agenda dos meios de comunica&&o de massa e como
parte normal da vida da fam&lia e da sociedade & a sugest&o
para que se tenha um maior n&mero de crian&as amamentadas exclusivamente
ao seio materno, at& pelo menos seis meses de idade.
Este trabalho pretende
servir de subs&dio para um atendimento de enfermagem mais qualificado
e humanizado, com a valoriza&&o do contexto em que as pu&rperas
vivem. Para isso, conhecendo as pr&ticas de sa&de das pu&rperas,
pensa-se estar propiciando & enfermagem um processo educativo voltado
para as expectativas do cuidado domiciliar, tendo na enfermeira um agente de
mudan&as, com a&&o reflexiva e de forma participativa.
REFER&ENCIAS
1. Trentini M,
Paim L. Pesquisa convergente: uma modalidade convergente-assistencial. Florian&polis
(SC): Ed. da UFSC; 1999. &&&&&&&&[  ]2. Carrara D. Possangaba:
o pensamento m&dico popular. Rio de Janeiro (RJ): Ribro S 1995. &&&&&&&&[  ]3. Bonilha ALL.
Crian&a mi&da: o cotidiano do cuidar no contexto familiar (tese).
S&o Paulo (SP): Escola de Enfermagem, Universidade de S&o Paulo:
1997. &&&&&&&&[  ]4. Gon&alves
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materno (disserta&&o). Porto Alegre (RS): Escola de Enfermagem,
Universidade Federal do Rio Grande do S 2001. &&&&&&&&[  ]5. Rowie A, organizador.
Muscle composition and acid profile in drylot or posture. Meat Science 1999;
51: 238-88. &&&&&&&&[  ]6. Minist&rio
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Bras&lia (DF): UNICEF/OMS; 2003. &&&&&&&&[  ]7. Giugliani ERJ.
Aleitamento materno: principais dificuldades e seu manejo. In: Duncan BB, Schimidt
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prim&ria baseadas em evid&ncias. 3? ed. Porto Alegre (RS): ARTMED;
2004. p. 2329. &&&&&&&&[  ]8. Giugliani ERJ.
Problemas comuns na lacta&&o e seu manejo. J Pediatria 2004; 80(supl
5): 147-54. &&&&&&&&[  ]9. Lana APB. O
livro de estimulo a amamenta&&o: uma vis&o biol&gica,
fisiol&gica, comportamental de amamenta&&o. S&o
Paulo (SP): A 2001. &&&&&&&&[  ]10. Rea MF. A amamenta&&o
e o uso do leite humano: o que recomenda a Academia Americana de Pediatria.
J Pediatria ): 171-3. &&&&&&&&[  ]11. Minist&rio
da Sa&de (BR). Assist&ncia pr&-natal: manual t&cnico.
3? ed. Bras&lia (DF): MS; 2000. &&&&&&&&[  ]&
Submiss&o:
15/05/2006
Aprova&&o: 10/07/2006
Trabalho originado
da disserta&&o de Mestrado intitulada "Pr&ticas utilizadas
pelas pu&rperas para a resolu&&o dos problemas mam&rios
no domic&lio" apresentada & Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS) em 2005.
Lansinon - lanolina, emoliente
mais denso, derivado da l& de carneiro ap&s a tosa.
Oxiderme - nistatina
(antif&ngico), utilizado para infec&&o causada por Candia
albicans oral, vaginal e gastro intestinal.
Grata Probatum: medica&&o
em gotas utilizada popularmente para c&licas do beb&, por&m
indicada como antiss&ptico das vias respirat&rias e urin&rias.
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